Quando dentro seca, nunca mais chove
Anseio de ser tão molhado
Sede que não cede
Seca saliva de ser tão calado
Suando sol sertanejo
Sente-se só, sedento
Parte pro pau-de-arara
Com coragem em cara
Vai viajando vontades
Em estranha estação embarca
Arquétipo da fome de um povo
Que sorri chorando festas populares
Não sacia o antigo desejo de novo
E possui na poeira, o sal dos mares.
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